Ação efetua busca e apreensão, mandados de prisão e medidas cautelares que atinge Jair Bolsonaro, generais e ex-assessores

Realizada na manhã desta quinta-feira (08), a operação da Polícia Federal batizada de “Tempus Veritatis”, que tem o objetivo apurar e denunciar a existência de uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Estratégia que culminou no ato golpista do dia 08 e tinha como objetivo garantir a manutenção do candidato derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro na Presidência da República.

Até a edição desta matéria, estavam em curso 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, como a apreensão de passaporte e a suspensão de funções públicas, incluído a retenção do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Arquitetos do Golpe – A PF identificou um núcleo de inteligência que arquitetou e financiou o Golpe do dia oito de janeiro, entre os representantes, o ex-ministro Augusto Heleno, Braga Neto e membros das ABIN. Segundo relato da PF, com conhecimento e anuência do então presidente Jair Bolsonaro, que fez alterações do texto da minuta do golpe, prevendo a prisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e dos ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Ocasião em que Bolsonaro manteve somente a prisão de Moraes.

A PF descobriu ainda que o PL, partido de Bolsonaro, foi usado para financiar narrativas de apoio de ataques às urnas. O presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, foi preso porque agentes da operação encontrou sob os domínios de Valdemar, uma arma de fogo com registro irregular e em nome de terceiros, executando, portanto, prisão em flagrante por porte ilegal de armas.

Estão entre os alvos buscas na operação desta quinta:

  • General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
  • General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  • Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha.
  • Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;
  • Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
  • Ailton Barros, coronel reformado do Exército.

Foram alvos de mandados de prisão:

  • Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro.
  • Marcelo Câmara, coronel do Exército ex-assessor especial de Bolsonaro;
  • Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto;
  • Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.

Desdobramentos da extensa operação da PF segue em curso e os detidos e denunciados terão o amplo direito de defesa.

Com informações: Portal G1