Autodeclarado católico até 2016, depois batizado no Rio Jordão como Jesus (segundo a Bíblia), presidente perde apoio entre fiéis devido à má gestão

O presidente Jair Bolsonaro teve a vitória eleitoral em 2018 fundamentalmente favorecida com o voto evangélico, como apontou a pesquisa Datafolha, realizada no dia 25 de outubro daquele ano. Os números apontavam 56% das intenções de voto para Bolsonaro e 44% para o candidato petista, Fernando Haddad.

O Portal G1 apresentou uma análise sobre um recorte da pesquisa realizada pelo mesmo instituto sobre as eleições para este ano durante a segunda quinzena de março, em que revela mudanças da opinião dos eleitores evangélicos, os quais, representam 30% do eleitorado brasileiro. O recorte faz uma distinção entre subgrupos como homens e mulheres com idade acima dos 60 anos e entre jovens de ambos os sexos com idade entre 16 e 24 anos.

A pesquisa aponta que 46% dos homens com idade acima dos 60 anos votariam em Bolsonaro, enquanto apenas 28% deste mesmo grupo votariam em Lula. Já as mulheres pensam diferente sobre os candidatos, uma vez que 39% delas votariam em Lula e 30% em Bolsonaro.

Virada maior entre as mulheres jovens- A diferença chega a dar uma virada significativa quanto se trata do mesmo perfil no eleitorado jovem com idade entre 16 e 24 anos. Neste subgrupo, 44% dos homens votariam em Bolsonaro e 36 % no ex-presidente Lula. Quando a intenção das mulheres é avaliada, o jogo vira a favor do candidato petista, aponta a pesquisa.  22% das mulheres jovens votariam em Bolsonaro e 50% apostariam em Lula

O que a pesquisa revela é que as opiniões divergem das de 2018 uma vez que os evangélicos, independente dos padrões sociais em que vivem, também sofrem os reflexos dos fatores econômicos como alta dos preços, desemprego, falta de propostas, entre outros.

Apesar das crenças, estes grupos não estão imune às crises que o país atravessa, por isso, além das questões socioeconômicas, fazem reflexões sobre as citações negacionistas em face à pandemia, discursos de ódio proferidos desde que o atual presidente tomou posse, da apologia à violência e outras ações que não estão em consonância com a prática cristã, revelando assim, uma nova radiografia do presidente “terrivelmente” evangélico com a prática contrária ao cristianismo,

Fonte: G1; G1

https://www.ecodebate.com.br/2018/10/31/o-voto-evangelico-garantiu-a-eleicao-de-jair-bolsonaro-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/