As críticas do Sumo pontífice ao Lawfare silencia dupla que “Jamais” participaria da política

Antes da internação no hospital Gemilli, em Roma, o Papa Francisco concedeu entrevista ao canal de TV argentino C5N, veiculada na última sexta-feira (31). Em trechos da entrevista, o sumo pontífice disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado sem provas pela operação Lava Jato e que a ex-presidente Dilma Rousseff é exemplo de mulher. Perseguida, sofreu o impeachment mesmo sendo inocente. “O que aconteceu com Dilma? Uma mulher de mãos limpas, mulher excelente”, considerou o sumo pontífice.

O Papa condenou o uso político do judiciário brasileiro e fez críticas à imprensa pelo endosso à condenação da Lava Jato. “O lawfare abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal o desqualifica e metem a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas, para condenar, basta o tamanho desse sumário. ‘Onde está o crime aqui?’ ‘Mas, sim, parece que sim…’ Assim condenaram Lula”, definiu o pontífice.

Os políticos têm a missão de desmascarar uma ‘justiça que não é justa’ de forma “harmônica com o direito.

Quem cala consente – os dois principais personagens da Lava Jato, que juraram “jamais participar da política”, hoje Senador pelo (União-PR), Sérgio Moro e o deputado federal Daltan Dalagnoll (Podemos-PR), votaram pelo silencio ante as falas de uma das maiores personalidades do planeta (redondo), diga-se de passagem.

Segundo Francisco, é preciso que a sociedade levante a voz e aponte as irregularidades em situações como essas. Disse ainda que os políticos têm uma missão de desmascarar uma “justiça que não é justa”. Para o papa, juízes podem criar jurisprudências, mas isso deve ser feito sempre de forma “harmônica com o direito”.

Com informações: Agencia Brasil